Com uma população estimada em mais de 200 mil habitantes, a cidade de Marabá tem uma produção mensal de aproximadamente 3,4 mil toneladas de lixo. Foi o que revelou levantamento realizado recentemente pela empresa Sempre Vivos, contratada pela Fundação Vale para fazer um diagnóstico, com vistas à elaboração do chamado Plano de Coleta de Resíduos Domiciliares e Mobilização Social de Marabá.
O resultado final do levantamento, um calhamaço de 400 páginas divididas em dois volumes, foi apresentado ao município em 20 de abril deste ano e faz uma radiografia completa do serviço de coleta na cidade. Para os responsáveis pelo diagnóstico, a quantidade real de lixo produzido é muito maior do que aquela que foi apurada, uma vez que algumas empresas, entre elas alguns supermercados, fazem por conta própria o recolhimento e transporte de seus resíduos até o aterro. Como o levantamento levou em consideração apenas o lixo coletado pela prefeitura, esse lixo extra não entrou no cômputo dos números do balanço oficial.
A radiografia detectou vários problemas, entre eles o acondicionamento inadequado dos detritos pela população e a falta de regras para a coleta de resíduos perigosos, os quais são despejados por comerciantes nas ruas e coletados pelo serviço de limpeza urbana. É o caso do chamado lixo eletrônico, descartado pelas lojas de assistência técnica. Situação semelhante foi detectada com relação à coleta do lixo hospitalar.
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