Foto: Tuerê



NOTAS SOBRE:


"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



quarta-feira, 28 de julho de 2010

MAURINO E A JUSTIÇA

O cenário político começou quente em Marabá nesta manhã de quarta-feira (28/07). Informações chegam ao poster dando conta de que o prefeito Maurino Magalhães não compareceu à audiência marcada para hoje na Justiça Eleitoral, onde ele responde processo sob a acusação de caixa dois nas eleições de 2008. Segundo consta, ele teria alegado problema de saúde. Com isso, o juiz Cristiano Magalhães, que cuida do caso, teria determinado que ele fique impossibilitado de assumir a prefeitura até dia 2 de agosto, para quando está marcada nova audiência.

CAIXA DOIS EM MIÚDOS

Conheça por dentro, em amplo material publicado a seguir, o processo que corre contra Maurino pela suposta prática de caixa dois nas eleições de 2008. Os textos são de autoria do poster e foram publicados na revista FOCO, no final do ano passado.

O QUE EXISTE POR TRÁS DO PROCESSO QUE PODE AFASTAR MAURINO DA PREFEITURA

Desde o dia 17 de setembro, a administração do prefeito Maurino Magalhães (PR) está em rota de colisão. A ameaça vem de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral impetrada pelo Diretório do Partido Popular Socialista (PPS), em conjunto com a coligação majoritária “União pelo Trabalho” (PPS-PTB-PP-DEM-PV), que concorreu nas eleições do ano passado.


No processo, cadastrado sob o número 891/2009, o prefeito é acusado de crime eleitoral pela prática de “caixa dois” e pode ter seu diploma cassado se, ao final, ficar comprovada a denúncia.

A ação tramita na 23ª Zona Eleitoral, que tem como titular o juiz Cristiano Magalhães.

A reportagem teve acesso aos autos e analisou as peças do processo em que são apresentados pelo menos 5 casos de despesas de campanha não incluídas na prestação de contas de Maurino Magalhães e seu vice Nagilson Amoury, nas eleições de 2008.

CAIXA DOIS - O CRIME, O QUE É?

A expressão “caixa dois” é comumente utilizada pelo fisco para designar a prática em que o sonegador deixa de incluir valores na escrituração legal, com o fim de sonegá-los à tributação fiscal. No meio político, trata-se atitude semelhante, utilizada com o propósito de burlar a justiça eleitoral.


Como se sabe, todos os gastos de campanha devem obrigatoriamente transitar pela conta do candidato, aberta em banco exclusivamente para esse fim, e ser declarados à justiça, no prazo previsto em lei, mesmo aqueles feitos com recurso próprio.

Conforme o que encontra-se exarado na denúncia contra Maurino e Nagilson, os dois deixaram de incluir em suas prestações de contas despesas que, somadas, correspondem a R$ 689.500,00.

São gastos com locação de veículos e de imóveis, serviços gráficos e material de propaganda, entre outras despesas. Para comprovar a materialidade dos fatos, a acusação juntou e apresentou à justiça recibos, notas fiscais, declarações e até cópia de um cheque assinado por Maurino.

De acordo com o que consta dos autos, a coligação recebeu, e não declarou à Justiça Eleitoral, R$ 84 mil da empresa Aurora Transporte (Auto Mecânica Nogueira Ltda.), de Parauapebas, referente à locação de um ônibus e um micro-ônibus; e R$ 508 mil da empresa G. L. Outdoor & Placas (Francinete Silva de Sousa-ME), de Canaã dos Carajás, referente a confecção em grande quantidade de adesivos, banners, bandeiras e minidoors. Recebeu ainda R$ 81 mil da empresa Detroyt Car (Detroyt Car Empreendimentos Ltda.-ME), com sede em Macapá (AP), referente a locação de veículos.

Consta ainda da denúncia, doação no valor de 1.500,00 reais, referente à cessão em comodato, pelo período de 20 dias, de um prédio na Rua Sérvulo Brito, em Marabá. O imóvel, de propriedade de Antônio Silvério da Rocha, foi utilizado durante a campanha como sede do Comitê Força Jovem, da coligação de Maurino, mas não teria sido declarado à justiça.

Por fim, ainda de acordo com o que consta dos autos, a acusação apresenta recibos assinados por dez advogados, entre eles Nágila Rodrigues Amoury, irmã do vice-prefeito Nagilson Amoury, dando conta de que foram contratados pelo valor de R$ 1,5 mil cada um, para acompanharem o processo de votação e apuração nas eleições de 2008.

Em declaração onde aparece a relação nominal dos 10 causídicos, Nágila Amoury revela que o dinheiro para o pagamento dos serviços advocatícios foi doado pela empresa A. G. de Sousa Comércio-ME, com sede em Marabá, cujo proprietário chama-se Anderson Gonçalves de Sousa. Essa doação, segundo a denúncia, também não entrou na prestação de contas dos acusados.

CAIXA DOIS - DISPUTA DESEQUILIBRADA

A prática de “caixa dois” configura abuso de poder econômico em razão de que desequilibra o pleito eleitoral entre os candidatos em disputa. Este é um dos argumentos enfatizados repetidas vezes pelos autores da Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra Maurino e Nagilson.


De fato, a obrigatoriedade legal de declaração à justiça dos gastos de campanha tem como finalidade coibir esse tipo de desregramento.

Conforme o que consta da prestação de contas dos acusados, apresentada à Justiça Eleitoral, as despesas da coligação totalizaram R$ 810.805,00. Em substância, para todos os efeitos, este foi o valor – nem mais, nem menos – gasto pela chapa majoritária vitoriosa, nas eleições de 2008. Se comparado com as despesas do candidato João Salame (PPS), segundo colocado no pleito, o gasto de Maurino, informado por ele ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foi apenas 10% maior do que o de seu principal adversário.

Entretanto, levantadas as denúncias de prática de “caixa dois”, o aspecto da disputa muda totalmente sua configuração. Se comprovada a despesa subterrânea, o investimento na campanha da chapa que venceu as eleições salta para mais de 1,5 milhão de reais, duas vezes maior que o do segundo colocado.

“É certo que houve verdadeira prática de conduta ilícita pelos investigados, na medida em que, prevalecendo-se do caixa dois, utilizaram recursos de empresas para divulgar sua campanha eleitoral, desestabilizando o equilíbrio das eleições”, sustentam na inicial da ação os advogados Marcus Vinícius Saavedra Guimarães de Souza e Osvaldo Nascimento Genú, patronos da causa.

CAIXA DOIS - O TRÂMITE DA AÇÃO

É de alvoroçada expectativa o sentimento dos partidários, tanto de Maurino como de João Salame, em relação ao desfecho do processo que corre contra o prefeito municipal na Justiça Eleitoral.


Da parte de Salame, a inquietação é por conta da possibilidade dele vir a ser empossado, caso se consume a condenação dos acusados.

Entre os observadores da política, também há muita expectação.

A principal indagação é sobre o que de fato vai acontecer daqui por diante e quanto tempo haverá até a esperada sentença.

A reportagem consultou juristas e outros profissionais de direito para saber quais os caminhos que podem ser percorridos numa ação como essa.

O chamado rito processual, que é a sequência de atos jurídicos, desde a inauguração da ação até o pronunciamento da sentença, não é extenso numa Ação de Investigação Judicial Eleitoral, de acordo com o jurista Marcos Ramayana. Ele elenca 10 etapas a partir da petição inicial e observa que os prazos previstos para cada uma delas são curtos. Vale ressaltar entretanto, que Ramayana se refere ao caso em que o processo foi instaurado antes da diplomação do candidato eleito, situação em que as ações eleitorais estão notadamente cingidas pelo princípio da celeridade.

As 10 fases do rito processual segundo Ramayana são: 1) a petição inicial; 2) o deferimento da petição inicial; 3) notificação do investigado e intimação obrigatória do Ministério Público Eleitoral (art. 82, III, do CPC); 4) defesa ampla (preliminares e mérito), no prazo de cinco dias; 5) realização da instrução no prazo de cinco dias; 6) diligências, no prazo de três dias; 7) alegações finais no prazo comum de dois dias; 8) conclusão, no prazo de um dia; 9) decisão, em três dias; 10) recurso, em três dias (art. 265 c/c art. 258, ambos do Código Eleitoral).

“Em se tratando de ação judicial, são inúmeros os mecanismos que podem ser utilizados pelos advogados para fazer com que o processo se arraste”, comenta o professor titular de Direito Administrativo Constitucional da Universidade Federal do Pará, Edieter Luiz Cecconello, fazendo referência a casos semelhantes registrados na história da justiça eleitoral brasileira.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, a governadora Yeda Crucius responde a acusação de caixa dois em ação que tramita na justiça há mais de um ano. No Maranhão, o processo que culminou com a cassação do governador Jackson Lago, em abril deste ano, se arrastou por mais de dois anos.

CAIXA DOIS - PRESSA: A QUEM INTERESSA?

É ponto pacífico entre os observadores a premissa de que os advogados do prefeito Maurino Magalhães vão lançar mão de todos os artifícios possíveis para protelar ao máximo o andamento da ação que corre contra ele na justiça. Isso parece ter ficado claro já nos primeiros movimentos do processo. O prefeito só se permitiu ser citado 10 dias depois de inaugurada a ação e articulou uma manobra que culminou com a dilatação do prazo para a apresentação de sua defesa, de 5 para 22 dias, conforme noticiado nos jornais.


O mandato de Maurino estará vigente até 31 de dezembro de 2012. Para os autores da ação, ela só terá sentido se a sentença sair antes dessa data.

Naturalmente que para o prefeito, quanto mais tempo demorar o desfecho – na hipótese de que ele seja desfavorável – melhor. Mas a falta de pressa de Maurino agora pode sofrer um revés de cento e oitenta graus ao longo do processo. Em outras palavras, se ele for afastado da prefeitura em alguma das fases da ação e interpuser recurso, assumirá imediatamente um sentimento de urgência em relação à sentença e passará a torcer por um ritmo totalmente contrário ao que tenta impor atualmente ao andamento do processo. É como geralmente acontece no futebol – via de regra, quem está ganhando tem pressa pelo fim da partida, mas pode mudar automaticamente de postura se, de repente, o adversário virar o jogo.

CAIXA DOIS - A TESE DA DEFESA

No dia 13 de outubro, Maurino e Nagilson protocolaram no Cartório da 23ª Zona Eleitoral contestação à Ação de Investigação Judicial impetrada contra eles. A peça, compendiada em 28 páginas, vem chancelada por quatro advogados, um deles, José Augusto Delgado, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para a defesa, as denúncias são “fundadas em inverdades e em documentos fabricados”. Os advogados questionam o fato de não constar das provas cópias das ordens de serviço ou outros documentos que comprovem a encomenda dos serviços ou a solicitação dos produtos. Alegam com isso que “notas fiscais sem atesto, sem recibo bilateral, ou ainda, sem ordem ou pedido de solicitação de serviço, não têm o condão de exigir sua liquidez, e, portanto, não têm valor probatório algum”.

No entendimento da defesa, a ação é decadente e “tardia” porque só “foi apresentada no teratológico [monstruoso] prazo” de nove meses após a diplomação de Maurino e Nagilson.

Os advogados destacam ainda que o limite de gastos informados pelo Comitê Financeiro à Justiça Eleitoral, ou seja, o valor máximo que a coligação de Maurino e Nagilson poderiam gastar na campanha, era de R$ 2.000.000,00. Assim, mesmo somando o que foi declarado (R$ 810.805,00) com o que foi supostamente sonegado (R$ 689.500,00) não extrapolaria o limite de dois milhões de reais que à coligação era permitido gastar.

Com relação ao cheque, no valor de R$ 6.000,00, emitido por Maurino Magalhães em favor da empresa G. L. Outdoor & Placas, de propriedade de Francinete Silva de Sousa, a contestação alega que ele foi cancelado no banco, porque a mercadoria (adesivos, banners, bandeiras e minidoors), nunca foi entregue à coligação.

Mesmo para uma das acusações mais contundentes, aquela que envolve a advogada Nágila Amoury, irmã do vice-prefeito Nagilson Amoury, os advogados de defesa também apresentam artificiosa versão, de modo a eximir os acusados de qualquer responsabilidade. Neste particular, eles alegam que Nágila não teve o aval da coligação para fazer o que fez, isto é, contratar advogados para atuarem no dia da eleição. Argumentam que nunca foi dada a ela qualquer procuração para fazer contratações, o que foi feito “por sua única e exclusiva responsabilidade”. E encerram tal assunto com a seguinte assertiva: “a declaração, bem como os recibos dos advogados, denotam a responsabilidade exclusiva da Sra. Nágila, não tendo a coligação, o requerido [Maurino e Nagilson], ou qualquer representante do comitê financeiro lhe conferido chancela, ou ao menos tido o seu conhecimento”.

A contestação foi juntada aos autos do processo, que foi encaminhado à Promotoria de Justiça Eleitoral, para apreciação. Após o parecer do Ministério Público, a peça volta novamente para as mãos do juiz Cristiano Magalhães. Dependendo da leitura que fizer do caso, o magistrado pode pedir o arquivamento do processo, por improvimento, ou dar prosseguimento à ação. Neste ponto, tem início a chamada fase de instrução processual, em que Maurino e Nagilson deixam de ser meramente “investigados” e passam a ser “denunciados”. Novamente será dado a eles o prazo de 5 dias para manifestação, após o que poderão ser feitas pela Justiça as diligências que se fizerem necessárias, inclusive buscas e apreensões, se for o caso, para a elucidação dos fatos. Nesta fase, o juiz poderá também requerer a oitiva dos envolvidos e suas testemunhas.

Ainda será aberto prazo para as chamadas “alegações finais”, em que defesa e acusação terão prazo comum de dois dias para se manifestarem. Só então, ocorrerá a conclusão do processo em primeira instância, com o pronunciamento da sentença.

De acordo com o professor titular de Direito Administrativo Constitucional da Universidade Federal do Pará, Edieter Luiz Cecconello, o parecer do Ministério Público tem um peso muito grande sobre a decisão do juiz. Via de regra, segundo ele, os magistrados seguem a indicação do MP quando do pronunciamento da sentença. Mas, uma vez ou outra, pode ocorrer o contrário, embora este não seja um procedimento comum.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

MAURINO NA JUSTIÇA

O processo que corre na Justiça contra o prefeito Maurino Magalhães e seu vice Nagilson Amoury, por denúncia de caixa dois, volta à cena novamente esta semana. Na próxima quarta-feira (28/07), acontece audiência em que o juiz Cristiano Magalhães vai ouvir testemunhas e argumentações da acusação e da defesa. Feito isso, poderá sentenciar ou, se julgar necessário, requerer novas diligências, antes de encerrar o caso na primeira instância.
A ação que pede a cassação do prefeito e seu vice foi movida pelo Diretório do Partido Popular Socialista (PPS), em conjunto com a coligação majoritária “União pelo Trabalho” (PPS-PTB-PP-DEM-PV), que concorreu nas eleições do ano passado. No processo, cadastrado sob o número 891/2009, o prefeito é acusado de crime eleitoral e corre o risco de ser cassado se, ao final, ficar comprovada a denúncia.
A acusação apresentou documentação que aponta gastos de R$ 689.500,00, os quais Maurino não teria declarado ao Tribunal Regional Eleitoral, por ocasião da sua prestação de contas, o que configura o crime de caixa dois.

JÚLIA ROSA PREFEITA

A presidente da Câmara Municipal de Marabá, vereadora Júlia Rosa, recebeu comunicado da Chefia de Gabinete da Prefeitura de que, nesta terça-feira (27/07), o prefeito e o vice estarão ausentes do município. Em outras palavras, isso quer dizer que ela deverá sentar na cadeira de Maurino e assumir o comando do Poder Executivo. De acordo com o comunicado, prefeito e vice ficam ausentes até as 15h30.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O DESABAFO DE REGIVALDO

A sessão legislativa da última terça-feira (20), em Marabá, foi marcada por discursos inflamados. Um deles foi o do vereador que tomava posse, Regivaldo Carvalho, o Régis (PR).

A posse de Regivaldo vinha sendo aguardada com certa expectativa, em razão de que nos últimos meses ele foi duramente criticado pelos vereadores, acerca de seu desempenho à frente da SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano), o que gerou curiosidade sobre como ficaria o clima com o seu retorno ao Legislativo.
A formalidade da posse estava marcada para as 11 horas, mas Regivaldo só chegou à sessão vinte minutos mais tarde.
Enquanto alguns vereadores saudavam o novo colega com palavras de boas-vindas, outros não conseguiam disfarçar o desconforto com a situação.
Quem viu Regivaldo ser implacavelmente crucificado alguns dias antes jamais poderia esperar afagos de quem lhe atirava pedras. Mas o dia era de festa e o que se viu foram amistosas saudações. Os vereadores chegaram a fazer uma espécie de corredor para cumprimentar os novos pares. Até Nagib Mutran (PMDB), que uma semana antes havia chamado Regivaldo de incompetente e o acusou de transformar a SDU em um balcão de negócios, onde criava “dificuldades para depois vender facilidades”, acabou se rendendo à cortesia.
Mas Regivaldo não engoliu os afagos e subiu à tribuna disposto a ir à forra. E foi isso que fez. Durante exatos dez minutos fez um pronunciamento carregado de desabafos.
Numa clara referência aos que lhe criticaram, disse que a vida pública não é feita apenas de acertos e ressaltou que se errou foi no intuído de acertar. “Eu estive oito anos aqui nesta casa. E em nenhum momento eu denegri a imagem de nenhum secretário. É muito fácil jogar pedras”, asseverou Regivaldo, destacando que sua família sofreu muito com a forma que o hostilizaram. “Minha família sofreu, minha mãe padeceu sofrimentos, angústias, na medida em que ela abria os jornais e eu era apedrejado por alguns vereadores”.
Enquanto Régis falava, inexplicavelmente alguns vereadores se retiraram. Dos treze, permaneceram no plenário apenas seis – Júlia Rosa (PDT), Leodato Marques (PP), Ronaldo Yara (PTB), Ismaelka Queiroz (PTB), Toinha (PT) e Gerson do Badeco (PHS).
Ao final da sessão, a vereadora Júlia Rosa, presidente da Câmara, fez algumas recomendações a Regivaldo Carvalho, no sentido de que esquecesse as mágoas para que, tanto a sua chegada quanto a de Leodato ao Legislativo, pudessem contribuir ainda mais com o espírito de harmonia que sempre prevaleceu entre os integrantes daquele Poder.

VANDA SOLTA OS CACHORROS

A proposta do prefeito Maurino Magalhães de endividar ainda mais a prefeitura com a contratação de novos empréstimos está causando estardalhaço na bancada de oposição ao governo, em Marabá. A voz mais inflamada da trincheira oposicionista – a da vereadora Vanda Américo Gomes (PV) – bradou alto na sessão da última terça-feira (20), para contra-atacar a medida.

Ao seu estilo contundente de protestar, Vanda encarou de pé o prefeito Maurino, que tinha ido à sessão para assistir a posse dos vereadores Leodato Marques e Regivaldo Carvalho, e vociferou para adverti-lo que a proposta do Executivo é descabida e pode condenar o município a um engessamento. “Nesta legislatura nós já votamos antecipação de receita no valor de R$ 7 milhões, mais empréstimo de R$ 20 milhões; votamos autorização pra melhoria da iluminação pública e agora chega mais essa proposta de empréstimo de R$ 63 milhões e quinhentos? O que está faltando é uma gestão mais eficaz, Maurino. E não é a busca de empréstimo que vai resolver”, sentenciou Vanda de pé diante do prefeito. “Não quero ver o município engessado, desacreditado, endividado”, acrescentou.
O prefeito Maurino encaminhou ao Legislativo dois projetos de lei, ambos estabelecendo a contratação de empréstimo. O primeiro deles, o de número 93, trata de empréstimo através de Finame, no valor de R$ 9,5 milhões, para a aquisição de veículos, máquinas e equipamentos.
O outro autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito no valor de R$ 54 milhões e oferecer garantias junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito dos Projetos Multissetoriais Integrados Urbanos (PMI).
Se a Câmara aprovar os projetos de lei, serão quase R$ 100 milhões de empréstimo que o Executivo estará autorizado a contrair somente este ano.
Os projetos foram apresentados em plenário na sessão da última terça-feira e distribuídos para as comissões permanentes da Casa, cujos pareceres deverão ser votados nas próximas sessões.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

LEODATO E REGIVALDO EMPOSSADOS

Na sessão legislativa desta terça-feira (20/07), Leodato da Conceição Marques e Regivaldo Carvalho tomam posse como vereadores na Câmara Municipal de Marabá. Os dois já ocuparam a Casa de Leis no passado e estão retornando com o afastamento de Miguelito e Irismar, de quem eram suplentes.












Regivaldo assume numa situação desconfortável. Nos últimos meses ele vinha sendo duramente hostilizado por aqueles com quem agora vai dividir o parlamento. Nagib Mutran tem sido o seu crítico mais ferrenho. Resta saber como Régis vai se comportar em relação a quem antes lhe atirava pedras.

FRAUDES NO INCRA

A denúncia da existência de suposto esquema milionário de fraudes envolvendo recursos do Incra, em Marabá, está causando alvoroço e mal estar na 27ª Superintendência Regional (SR-27).
Na tarde de hoje (19/07), a superintendente Rosinete Silva convocou a Imprensa pra dizer que o caso está a cargo da Polícia Federal e, da parte da SR-27, foi aberto processo administrativo disciplinar para apurar o envolvimento de funcionários. Segundo ela, dois servidores foram afastados.
Rosinete ressaltou que o caso veio à tona ainda no mês de março, poucos dias antes de ela assumir a direção da SR-27. Em face das denúncias, foi tomada a providência de abrir processo administrativo disciplinar e afastar de imediato os dois servidores acusados de envolvimento nas fraudes.
“Os indícios apareceram, a Polícia Federal está investigando, e nós estamos contribuindo e colaborando ao máximo para que sejam esclarecidos. Quanto ao processo, cabe à Justiça dizer se há ou não culpados”, declarou.
Mostrando-se muito cautelosa, tanto que se negou a responder a algumas indagações, Rosinete afirmou que conta com uma equipe de sua confiança e tem procurado trabalhar dentro da maior legalidade. Informou que de janeiro a junho deste ano a SR-27 autorizou a liberação de mais de R$ 60 milhões em crédito e ainda tem disponível para liberação em conta algo em torno de R$ 100 milhões, o que será feito assim que for comprovada a prestação do serviço por parte das associações de agricultores dos Projetos de Assentamento (PA).
Ela negou que a Superintendência esteja sendo objeto de investigação por equipe de auditoria e explicou que o grupo de Brasília que se encontra em Marabá veio a pedido dela própria e são, na verdade, técnicos em análise de processos e não auditores ou interventores, como chegou-se a cogitar.
Estariam na cidade cinco servidores enviados de Brasília.
Sempre respondendo às perguntas na defensiva, Rosinete fez referência aos superintendentes que a antecederam, no caso, Raimundo Oliveira e Bernadete ten Caten, deixando claro nas entrelinhas sua intenção de não incriminá-los. “Na nossa avaliação, os superintendentes que passaram por aqui fizeram o seu trabalho”, asseverou Rosinete, afirmando não entender por que o nome de ten Caten “está sendo citado numa coisa tão recente, quando ela já deixou de ser superintendente há mais de quatro anos”.
Questionada se acha que a estrutura do Incra e o modelo de gestão vigente no órgão é vulnerável e, portanto, favorece a incidência de fraudes, já que não têm sido poucos os casos de denúncias de desvio de recursos da Reforma Agrária no País, a titular da SR-27 desconversou, evitando responder objetivamente.
Disse que no passado – sem precisar em que passado – a forma como era liberado o recurso favorecia a fraude porque a associação recebia um talão de cheques, que devia ser assinado pelo presidente e o tesoureiro, e o dinheiro era gasto sem nenhuma ingerência do Incra.
“No passado, aconteceram alguns desvios porque a própria norma deixava abertura pra acontecer isso. Hoje, não. A gente paga a casa pronta, depois que um técnico faz a vistoria, leva a planilha, vê se o trabalho está tudo certo; ele faz um laudo; aqui tem um técnico especializado pra acompanhar esse laudo, aprovar ou não, aí a gente paga”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

NOTÍCIA HILÁRIA

Seria trágico se não fosse cômico - em São Paulo, um ladrão gago praticava assaltos usando um bilhete para anunciar o crime. Tá lá no G1:   "Com um bilhete em mãos e o medo de a gagueira ser descoberta, um rapaz de 28 anos anunciou o assalto a uma sorveteria de Santa Bárbara D´Oeste, a 135 km de São Paulo, deixando o local com R$ 20, segundo a polícia. O roubo foi no domingo (11) e a polícia informou que já estava à procura do susposto criminoso, pois tinha depoimentos de vítimas relatando a gagueira. Na sorveteria, segundo o delegado Rômulo Gobbi, ele pediu desculpas à funcionária rendida, o que ajudou a identificá-lo".

MORRE ATOR FÁBIO PILLAR

O ator e diretor Fábio Pillar, de 50 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (14/07). Ele estava internado no Hospital Doutor Badin, no Rio de Janeiro, mas a causa da morte não foi divulgada, a pedido da família. Na TV, Pillar participou das novelas globais Bebê a Bordo, em 1988, Top Model, em 1989 e Pátria Minha, em 1994. O ator também participou do elenco do humorístico Zorra Total, também da Globo.

VEREADOR COM CAXUMBA

O vereador Gerson do Rosário Varela, o Gerson do Badeco, está doente já há alguns dias. Contraiu parotidite (infecção da glândula parótida), a popular caxumba.

REGIVALDO E LEODATO VEREADORES NOVAMENTE

Os ex-vereadores Regivaldo Carvalho e Leodato Marques voltam a assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Marabá. Os dois estão deixando a suplência para assumir o Legislativo, com a saída de Irismar Nascimento (PR) e Miguel Gomes Filho, o Miguelito (PP). Irismar está se licenciando porque vai concorrer nas eleições deste ano como candidata a deputada estadual. Miguelito assumirá a SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano), pasta que estava sob a responsabilidade de Regivaldo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

MAURINO E AS VAIAS

A Vaia (assim mesmo, com V maiúsculo) homérica que Maurino recebeu, por ocasião da visita do presidente Lula a Marabá, ainda o incomoda até hoje. Na última segunda-feira (05/07), durante o seminário que houve na Faculdade Metropolitana, ele voltou a fazer referência ao episódio e fez questão de pedir ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, presente no evento, que levasse suas desculpas ao presidente pelo contratempo.

IRISMAR ENTRE A CRUZ E A ESPADA

A vereadora Irismar foi provocada a explicar de que lado está na questão da greve dos servidores da educação, se do lado deles, já que é pedagoga, ou do lado de Maurino, que cortou o ponto dos grevistas por conta da paralisação. A vereadora, que é líder do governo na Câmara, obviamente, desconversou. Disse que não se trata de estar deste ou daquele lado. E completou: "Cada um é responsável por suas próprias decisões". Instada a dizer se Maurino errou ao cortar o ponto mesmo a greve não tendo sido julgada e considerada abusiva, a vereadora desconversou mais uma vez. Preferiu comentar que, no seu entendimento, a greve foi desnecessária e um ato "imprudente". "Dos 17 itens da pauta de reivindicações, sete já foram atendidos", justificou.

MIGUELITO A LA MARADONNA

O vereador Miguelito parece que está se deixando influenciar pelo estilo Maradonna de cumprimentar seus pupilos. Na sessão da última terça-feira (06/07) ele cumprimentou o empresário João Corrêa, o Tio João, com um beijo. Parece que escapuliu. Tanto ele Miguelito quanto Tio João ficaram visivelmente desconsertados.

A PROLIXIDADE DE MAURINO

Dado a certos exageros, quase que invariavelmente, o prefeito Maurino deixou com urticárias o cerimonialista do seminário ocorrido na Faculdade Metropolitana, na última segunda-feira (05/07). Por uma questão de exiguidade, foi dado ao gestor apenas três minutos para o seu pronunciamento, o que lhe seria suficiente o bastante para dizer que "não cai uma folha de uma árvore...". Atropelando frontalmente a etiqueta, ele falou exatos 21 minutos. Em determinado momento, o cerimonialista cochichou ao ouvido de Gilberto Lemos, da Associação Comercial, que estava sentado ao lado de Maurino, e lhe entregou um pedaço de papel que ele tratou de repassar ao prefeito. Ao que parece, era um pedido a que ele, por amor de qualquer coisa, botasse um ponto final no blá-blá-bla.

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