Foto: Tuerê



NOTAS SOBRE:


"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



quarta-feira, 30 de junho de 2010

NEPOTISMO NO GOVERNO

Tá confirmado. Maurino se abraçou mesmo com o nepotismo. Segundo o Blog do Hiroshi, ele próprio confessou a desfaçatez: botou o irmão (de sangue e não de fé) Gilson Magalhães para assumir a Secretaria de Comunicação, em lugar do exonerado Giorgie Guido da Luz. Alguns estão perguntando em que Faculdade o nomeado concluiu o curso de nivel superior na área em que agora vai trabalhar, e colegas aqui da redação, tirando sarro, respondem - sem titubear: "Deve ter sido na Harvard, na Stanford ou na Yale". Faz sentido. No Brasil certamente não foi.

ENCRENCA

A decisão de Maurino em nomear o próprio irmão para secretário vai lhe render mais uma, na lista interminável de encrencas dele com o Ministério Público. Isto mesmo: existe recomendação dos procuradores contra a prática do nepotismo e o prefeito mais uma vez fez vista grossa e deu de ombros.

O CAIXÃO DO MAURINO

No que depender dos servidores públicos municipais, em greve desde o dia 2 deste mês de junho, o prefeito Maurino Magalhães não precisa gastar dinheiro com plano funerário. Não com o caixão. Desde que o prefeito se negou a negociar com os manifestantes, eles têm andado pra cima e pra baixo com um ataúde todo preto, cheio de cartazes, que mais parece um muçum com band-aid (parafraseando Ademir Braz). Na foto acima, o caixão em exposição na entrada do prédio da Câmara Municipal, durante a sessão da última terça-feira (29/06). O moço aí com o saco nas costas ficou um bom tempo estático, como que a indagar o que de fato significava aquilo: seria coisa séria ou apenas uma presepada do judas - aquele boneco de palha que é queimado publicamente em Sábado de Aleluia? Para os grevistas têm tudo a ver uma coisa com a outra, embora o espantalho da fúria deles seja outro.

AMEAÇA DE NEPOTISMO

Ainda na esteira das informações sobre a exoneração de Giorgie Guido da Secretaria de Comunicação da Prefeitura, crescem as especulações em torno de quem será nomeado em seu lugar. A boataria corre solta, dando conta de que Maurino tenciona dar o cargo a Gilson Magalhães, um de seus irmãos (de sangue e não de fé).

terça-feira, 29 de junho de 2010

SECRETÁRIO DEIXA O GOVERNO DE MAURINO

A notícia mais quente do dia dá conta de que Giorgie Guido, da Secretaria de Comunicação, pediu afastamento e não faz mais parte do governo Maurino. Regivaldo Carvalho, da SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano) também estaria arrumando as malas para sair.

RELAÇÃO FRAGILIZADA

Não é de hoje que a relação de Giorgie Guido com a administração municipal está desestabilizada. O agravamento teria se dado com as turbulências envolvendo ele, Giorgie, e a empresa do Tocantins contratada para fazer o marketing da administração municipal.

PAPAI MANDOU

Certamente pesou no pedido de exoneração decisão de Mascarenhas Carvalho, pai de Guido e dono do jornal Correio do Tocantins. Mascarenhas nunca morreu de amores por Maurino e sua aproximação com o governo era mais por uma afinidade com o vice, Nagilson Amoury. Mascarenhas mantém de longas datas sólida relação de amizade com Amoury e, obviamente, não gostou nem um pouco do tratamento recebido pelo vice-prefeito por parte de Maurino. Agora, com a saída de Giorgie do governo, o jornal Correio do Tocantins vai ficar mais à vontade para mostrar as deficiências da administração municipal.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

MANIFESTAÇÕES NO MINISTÉRIO PÚBLICO

O prédio do Ministério Público Estadual, em Marabá, esteve bastante movimentado na manhã desta segunda-feira (28). Primeiro foi um grupo de moradores das áreas de invasão conhecidas como Bairro da Paz e São Miguel da Conquista que ocuparam a entrada do edifício, depois servidores municipais em greve. Na foto, os últimos ouvem o presidente do Sintepp, Wendel Lima, dizer que o movimento não vai arrefecer.

DOCUMENTO 1

Da parte do primeiro grupo, os promotores receberam um documento em que eles pedem que as ocupações existentes em Marabá com liminar de reintegração de posse sejam declaradas área de interesse social.

DOCUMENTO 2

Da parte dos grevistas, o documento entregue ao MPE foi um pedido de intervenção na questão da paralisação, já que o prefeito Maurino estaria ameaçando cortar o ponto dos faltosos em greve.

CASO SÃO MIGUEL DA CONQUISTA

As negociações em torno da ocupação conhecida como São Miguel da Conquista, em Marabá, estão avançando em ritmo slow motion, se é que não estacionaram de vez. Segundo a vereadora Toinha (PT), que tem acompanhado o andar da carruagem, o processo esbarrou no fato de que a proposta de comercialização dos lotes, tal qual foi apresentada pelo pecuarista Aurélio Anastácio de Oliveira, que é o dono das terras, extrapola as limitações financeiras da grande maioria dos moradores. Segundo ela, apenas 20% teriam condições de pagar os terrenos, nos valores e prazos que foram apresentados.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

SALAME APRESENTA BALANÇO DE SEU MANDATO

O deputado estadual João Salame (PPS) reuniu-se na noite de hoje (23/06) com dezenas de empresários, lideranças políticas e comunitárias, em Marabá. O encontro foi para a apresentação de uma espécie de prestação de contas do seu mandato. O evento aconteceu no salão de reuniões do Lions Club do núcleo Cidade Nova.

Salame expôs os principais pontos de sua atuação parlamentar, destacando as conquistas alcançadas nesse período de três anos e meio de atividades. Lembrou que foi a primeira vez que assumiu um cargo público e que, o tempo todo, esteve decidido a dar o seu melhor, no sentido de não desonrar aqueles lhe confiaram o mandato.
O presidente do Sindicom (Sindicato do Comércio de Marabá), Paulo César de Carvalho Lopes, o Paulinho, foi ao encontro. No seu pronunciamento, destacou que Salame tem sido um legítimo representante do interior, sempre atuante na luta em favor dos interesses do povo desta região do Estado. “Eu sempre acreditei no João, um dos poucos bons políticos que Marabá já teve. Hoje ele é a segunda pessoa mais importante da Assembleia Legislativa e isso é motivo de orgulho para Marabá”, declarou.
Quem também atendeu ao convite e compareceu à prestação de contas foi Gilberto Leite, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim). Ele lembrou o empenho de Salame na defesa de temas relevantes e sua participação decisiva em favor do setor guseiro, por exemplo, quando este enfrentava dificuldades por conta de questões ambientais. “O João fez o dever de casa e trabalhou arduamente, defendendo os interesses do sul e sudeste do Pará”, disse o presidente da Acim.
Salame leu um relatório com a lista de suas principais emendas parlamentares ao longo desses três anos e meio de mandato - mais de R$ 30 milhões alocados. Uma das últimas conquistas foi o recurso de 6,5 milhões de reais assegurado do empréstimo de R$ 366 milhões que o Governo do Estado foi autorizado a contrair, recentemente, junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). Salame disse que o recurso deverá estar disponível dentro de uma ou duas semanas e será direcionado para a pavimentação asfáltica de diversas ruas de Marabá.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MORRE PAULO MARABÁ

Um dos grandes vultos do futebol marabaense no passado, o ex-jogador Paulo Henrique Pires, o "Paulo Marabá", morreu no último domingo (20/06), com apenas 57 anos de idade.
Paulo Marabá sofria de “Mal de Parkinson” fazia dois anos e faleceu em Goiânia, onde se encontrava em tratamento. Como desportista ele jogou no Paysandu, Tuna Luso e Seleção de Marabá e foi um dos primeiros marabaenses a atuar como jogador profissional.
Nascido em 1953, Paulo iniciou no futebol profissional em 1974, quando de uma partida entre Seleção de Marabá e Tuna Luso, na inauguração do “novo” estádio Zinho Oliveira.
A atuação do jovem Paulo Henrique despertou o interesse da diretoria da Tuna Luso Brasileira, que logo o contratou. Em 1978, Paulo foi contratado pelo Paysandu, para a disputa do Campeonato Brasileiro.
Dos registros de sua trajetória no futebol, ele guardava com muito carinho duas edições da revista Placar, que falava de seu talento (com informações de Célio Sabino).

MIL ACESSOS

Ora vivas! Nosso blog alcançou na data de hoje mais mil acessos. Desta vez em menos tempo: 17 dias. Vou me jogar nos braços da euforia!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

DESENTENDIMENTO ENTRE PREFEITO E VICE: A HISTÓRIA SE REPETE

O que houve esta semana em Marabá, no caso em que o vice-prefeito assumiu e mandou pastar quem não fazia seu tipo no secretariado, parece uma cíclica repetição da história. Pois bem: não foi a primeira e certamente não será a última vez que acontece coisa desse tipo em Marabá.
Quem não se lembra dos desentendimentos entre prefeito e vice nos tempos de Geraldo Veloso e Tião?
Foi precisamente em setembro de 2001. Veloso era o prefeito e Tião o seu vice. O chefe do Executivo descobriu que estava com câncer e tirou licença, primeiro de 15 dias e depois de 40, para se tratar.
Tião assumiu e foi logo tratando de passar a navalha no secretariado. Exonerou Miguel Gomes Filho, o Miguelito (Saúde), Cláudia Macedo (Planejamento), Hiroshi Bogéa (Comunicação), Deíse Botelho (Cultura), Paulo Lopes (Indústria e Comércio), Marcos Pereira (Administração) e o chefe de Gabinete, Raimundo Nonato, que hoje é secretário municipal de Agricultura.
Para compor a equipe nomeu Gilson Silva, o Gilsim, como chefe de Gabinete; Eugênio Alegretti para a Secretaria de Saúde; Sebastião Almeida, e depois Dário Veloso, para a Secretaria de Planejamento e Pedro Corrêa Lima para a de Administração.
A decisão de Tião gerou polêmica e abriu uma cisão no governo que evoluiu para um racha definitivo entre ele e Veloso. O desconforto entre ambos permaneceu até a morte de Geraldo, em fevereiro de 2002.

NAGILSON AMOURY: O VICE E O PREFEITO

O médico e vice-prefeito, Nagilson Amoury, ao assumir a prefeitura de Marabá no dia de ontem (16/06), fez o que Maurino nunca teve coragem de fazer. Mostrou como às vezes deve se comportar o gestor em face da desídia de seus subordinados.
Maurino como prefeito tem sido muito complacente. Aliás, não tem apitado muito, ao que tudo indica, nas ações do seu secretariado.

CASA DE MÃE JOANA

Quando o chefe do Executivo age assim, demasiadamente fleumático, a administração tende a se transformar numa "casa de mãe joana", onde cada um faz o que quer.
Embora alguns tenham criticado a postura de Amoury, de decidir exonerar mesmo sabendo que seria prefeito apenas por algumas horas, sua atitude serviu para mostrar aos comissionados insubordinados que estes precisam entender um princípio elementar em hierarquia: quem está no comando dá as ordens - e quem tem juízo obedece.

BIRRENTO

Nagilson explicou à imprensa que exonerou Lucídio Collineti, o secretário de Obras, por ele ser um servidor desobediente; sempre fazia ouvido de mercador às suas determinações quando prefeito em exercício.
Como exemplo, Amoury revelou que já havia solicitado ações do titular da Sevop (Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas) na Folha 17 e na Folha 29 - para citar apenas dois exemplos - mas Lucídio, aparentemente por birra, simplesmente deu de ombros e não fez.

VALAS DA VERGONHA

Na Folha 29, Nagilson teria determinado o fechamento de valas que permanecem abertas há meses, prejudicando os moradores. O médico reclamou de obras inacabadas e não citou nem a metade delas. Na verdade, elas estão pelos quatro cantos da cidade. Na Rua São Paulo, no núcleo Cidade Nova, por exemplo, uma obra de drenagem que, de acordo com a prestação de contas de Maurino, ano passado, deveria ter sido concluída em 31 de outubro de 2009, está paralisada há mais de oito meses e o serviço foi deixado pela metade.

NOS EIXOS

Talvez, se Maurino tivesse mais pulso ou se Nagilson ficasse pelo menos dois meses na prefeitura, as coisas, quem sabe, começariam a entrar nos eixos.

NAGILSON ASSUME PREFEITURA E EXONERA SECRETÁRIOS

Notícia BOMBÁSTICA. Está lá, no blog Contraponto & Reflexão, do Ribamar Ribeiro Jr.:


"O vice-prefeito Nagilson Amoury (PRB) que assumiu a prefeitura hoje pela manhã, usa a caneta para exonerar os secretários de Obras, Lucídio Colinetti, o de Planejamento, Glênio Benvindo, e o Chefe de Gabinete, Darcivan Ramos. De acordo com as informações foram subistituídos por Danilo Alves (filho do ex-vereador Manoel do Nilo), Adriana e Velcino, respectivamente".

O repórter Edinaldo Souza, do Jornal Opinião, conseguiu apurar o motivo das exonerações:

"Sobre Lucídio Colinetti Filho, Nagilson Amoury justificou que este nunca atendeu a uma ordem sua quando assumia a prefeitura na ausência do titular. Quanto a Glênio Benvindo, Amoury considerou que a secretaria de Planejamento não funcionava com eficiência: em outras palavras, Benvindo não estaria habilitado a continuar no cargo. Por fim o chefe de gabinete Dacivan Ramos da Conceição até hoje nunca lhe comunicou das viagens de Maurino e da vacância do cargo para que ele assumisse".

quarta-feira, 16 de junho de 2010

CHARLES TROCATE PRESO

Deu no Blog do Hiroshi:

"Embrigado, dirigindo um veículo pelas ruas de Parauapebas, o coordenador regional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Charles Trocate, foi preso esta manhã. Na delegacia, o líder do MST teve a carteira de habilitação dele retida.
Em 2009, Charles Trocate foi indiciado por incitamento público à prática de crimes, durante entrevista . Por um bom tempo, o coordenador do movimento sumiu dos ares, evitando que a polícia o prendesse".

HOMENAGEM AOS 15 ANOS DO JORNAL OPINIÃO

Em homenagem aos 15 anos do jornal opinião, publicamos aqui algumas postagens com um pouco da história de um dos mais antigos periódicos da imprensa escrita de Marabá.

Pra começar, uma sequência de imagens da primeira página do jornal, da edição número “zero” à edição número quinze.

EDIÇÃO NÚMERO 0







7 de julho de 1995


CHEGA DE EMBROMAÇÃO








O jornal procurou inovar desde o início. Ao invés de começar com a edição nº 1, saiu da forma com o número "zero".



EDIÇÃO NÚMERO 1







14 de julho de 1995


Quase mil pessoas podem ter Aids em Marabá

EDIÇÃO NÚMERO 2







21 de julho de 1995


TODOS AO ATO PÚBLICO

EDIÇÃO NÚMERO 3







28 de julho de 1995


Concorrentes de Belém largam à frente na abertura do IX Fecam

EDIÇÃO NÚMERO 4







4 de agosto de 1995


Decisão sobre metalúrgica pode sair este mês!

EDIÇÃO NÚMERO 5







11 de agosto


Semana de morte e medo

EDIÇÃO NÚMERO 6







18 de agosto de 1995


Polícia já tem suspeito do assassinato do fiscal da Sefa

EDIÇÃO NÚMERO 7






25 de agosto de 1995


Polícia aponta assassino de fiscal da Sefa, mas dúvidas permanecem

EDIÇÃO NÚMERO 8







1º de setembro de 1995


Ônibus cai em ponte e mata na PA 150

EDIÇÃO NÚMERO 9







14 de setembro de 1995


Fecha-se o cerco aos assassinos dos motoristas de taxi

EDIÇÃO NÚMERO 10







21 de setembro de 1995


CHEGA AO FIM A VIDA DE 'LILA'

EDIÇÃO NÚMERO 11







28 de setembro de 1995


Chefe do Ibama é ameaçado de morte

EDIÇÃO NÚMERO 12







5 de outubro de 1995


Doença misteriosa ataca e mata em São Domingos

EDIÇÃO NÚMERO 13







12 de outubro de 1995


Sem Terra vão a pé de Parauapebas a Belém

EDIÇÃO NÚMERO 14







19 de outubro de 1995
  

Suspeito do assassinato de Antonio Santis é preso

EDIÇÃO NÚMERO 15







26 de outubro de 1995


Ônibus cai em ponte e mata na PA 150

QUINZE ANOS DE LEITURAS MATINAIS

O Jornal Opinião nasceu, 15 anos atrás, do sonho de dois jovens visionários - o jornalista João Salame Neto e o publicitário, Cláudio Feitosa Felipeto. A primeira redação funcionava numa sala apertada da Rua 5 de Abril, na Marabá Pioneira. O prédio ainda continua lá. A equipe que tocava o então semanário era composta pelos sócios, Salame e Felipeto, e outras oito pessoas, entre elas o repórter Célio Sabino, que continua na empresa até hoje. Em 1995, a internet apenas engatinhava no Brasil e, em Marabá, o primeiro provedor só chegaria dois anos mais tarde.
O Opinião foi o primeiro jornal de Marabá a circular duas vezes por semana e, depois, o primeiro a veicular como trissemanário. Também foi o primeiro a ter uma impressão em policromia (colorido), já que 15 anos atrás o seu principal concorrente, o CORREIO DO TOCANTINS, era impresso em preto e branco.
Para chegar onde chegou o jornal enfrentou muitos desafios, inclusive o preconceito, segundo o jornalista João Salame. Apesar das adversidades, a empresa seguiu crescendo e conseguiu alcançar a marca de quase duas mil edições. Considerando que são 15 anos de impressão, este número dá uma média de mais de 130 edições anuais, a maior já alcançada por um jornal em toda a região do sul e sudeste paraense.
Nessa década e meia muita coisa aconteceu com o Opinião. A redação mudou-se da Marabá Pioneira para o núcleo Cidade Nova, Cláudio Feitosa deixou a sociedade e, desde o final do ano passado, a jornalista Bia Cardoso, esposa de Salame, vem assumindo a direção do jornal.
Além de Felipeto e João Salame, editaram o Opinião os jornalistas Ademir Braz, Waldir Silva, este post (Laércio Ribeiro), Nilson Santos, Eleutério Gomes e, atualmente, Chagas Filho.
Hoje o jornal funciona com sua própria rotativa, mas nem sempre foi assim. Hoje ele conta com sucursais e correspondentes em outros municípios e as matérias (textos e fotos) são transmitidas via internet. Mas nem sempre foi assim. Hoje as fotografias são tiradas com máquinas digitais de alta resolução e as imagens saem da câmera direto para o computador. Mas nem sempre foi assim.
Foram episódios de um tempo em que tudo era mais difícil que inspirou o poeta Ademir Braz a escrever o texto que publicamos abaixo: História de potó, peixe frito e ypioca - uma crônica formidável, carregada de bom humor com pitadas de traquinices, bem ao estilo de nosso poeta maior.

HISTÓRIA DE POTÓ, PEIXE FRITO E YPIOCA

Paulo Atzingen, um contista raro e poeta bissexto, foi um dia à Casa da Cultura de Marabá fazer, eu suponho, a primeira reportagem para um jornal comum sobre um dos insetos mais mitológicos do país: o Paederus irritans, que costuma aparecer no clima de final de chuva e que, quando apertado, libera a cantarizina, um líquido cáustico que pode causar queimaduras de primeiro e segundo graus. Dito assim, com esse nome em latim e relatados os efeitos de seu fluido corrosivo, o desgraçado fica parecendo mais monstruoso, assustador e jurássico do que é. Mas é só um pentelhinho vermelho e preto, de bundinha arrebitada, cabeçudo como um cupim, e que também atende pelo nome de potó – apelido que provoca imediatamente explicações indecorosas para o formato da mijada que dá em qualquer parte do corpo da sua vítima.

Havia uma praga de potós na região e o assunto virou pauta. À falta de um alergologista, o profissional do discurso autorizado como diria Humberto Eco, lá se foi Paulo consultar os arquivos do biólogo Noé Atzingen, seu irmão e diretor da Casa. E, de fato, ele trouxe um texto bom, suficiente para uma página do jornal Opinião, onde trabalhávamos em 1995. Que eu me lembre, na redação éramos ele, eu, Cláudio Filipeto, João Salame, o fotógrafo Juno Brasil e outros que não consigo lembrar agora, após uma noite inteira de insônia. E que título vamos dar à matéria?, alguém tinha de perguntar. Aí deu um branco, e levamos quase a noite inteira para chegar a um consenso, até que sugeri: “Potó não é lacrau, é besouro. E pica.” Manchete perfeita para a primeira página, todos concordaram com entusiasmo. Você matou a pau, elogiaram, isso é inteligente e um primor de concisão. Mas...
Sim, a mais bela manchete do jornal Opinião jamais foi publicada.
Vivia-se tempos difíceis no jornal. Fazia-se uma mudança radical no Opinião, até ali uma publicação com cara de boletim de internato de freiras. Filipeto veio do Rio a convite de Salame, aceitei o desafio que me foi proposto, sugerimos nomes de bons redatores e fomos à luta. O duro era editar todas as matérias depois que os repórteres iam embora. Não foram raras as vezes que, para agüentar a madrugada, comíamos peixe assado na brasa com Ypioca.
Não havia a parafernália tecnológica de hoje e não sei, sinceramente não sei, de onde arrancávamos coragem e resignação para agüentar, após tanto trabalho, a frustração causada pela quebra da rotativa, o atraso na impressão, a falta do semanário nas ruas.
Muitas vezes, quando íamos à porta da redação esticar as pernas, víamos as pessoas saindo às pressas do açougue da esquina porque já era sete da manhã e elas estavam quase atrasadas para o trabalho.
Mudamos tudo no jornal, que nisso Claudinho sempre foi bom. A reforma gráfica privilegiou imagens, análises e opiniões. A mudança foi radical sobre o que a gente noticiava. Abriu-se espaço para as opiniões mais divergentes que nos chegavam.
Introduzimos a abordagem humorada e cáustica de tudo que nos parecia postiço e desastroso para a sociedade. Eu escrevia uma página chamada “Ademyr Braz, repórter” (assim mesmo, com ipsilone, só de desfastio).
Uma vez, Filipeto foi ver Claudinho e Buchecha e produziu sobre a dupla um dos textos mais hilariantes daquele tempo. Opinião virara um potó.
Aos poucos, as mudanças não se limitaram apenas ao contexto: também saímos dos limites territoriais do município e fomos onde nenhum outro órgão de comunicação regional já estivera.
Em 1996, saí do jornal. O curso noturno de Direito no Campus da UFPA exigia atenção e conflitava com a jornada que não tinha hora para findar-se na redação. Mas o novo Opinião estava pronto.
Claudinho voltou ao Rio, outros se dispersaram, outros chegaram e a vida seguiu seu rumo. Salame tornou-se deputado, meus filhos cresceram e olhando para eles, assim como se olha agora o jornal do Novo Horizonte, a gente nem imagina que foram umas crianças cuidadas com tanto zelo.

POLÍCIA FEDERAL AUTUA FARMÁCIAS EM MARABÁ

Operação da Polícia Federal, em Marabá, está acontecendo neste exato momento na cidade. As informações sobre o assunto ainda são incipientes mas dão conta de que pelo menos três estabelecimentos já foram fechados por irregularidade na atividade. Uma farmácia bastante conhecida da Nova Marabá teria sido autuada por estar comercializando medicamentos do SUS, o Sistema Único de Saúde. Cocomitantemente à operação, servidores da saúde, em greve, lotam o plenário da Câmara Municipal, onde pretendem usar a tribuna. Até agora há pouco, os vereadores encontravam-se em reunião na sala da presidência e sessão ainda não havia começado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

JULIETA, CADÊ ROMEU?

Ministro da Justiça exonera Romeu. Tuma!







Agora ex-secretário de Justiça, Romeu Tuma Jr. (foto) responde a processo sob a acusação de envolvimento com a máfia chinesa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

CAUSÍDICO NA FORCA

Advogado bastante conhecido no meio jurídico marabaense está com a corda no pescoço, às voltas com dívidas quase impagáveis. A moléstia financeira já estaria comprometendo o relacionamento dele com seus próprios clientes, alguns dos quais já se preparam para ingressar com representação contra o causídico junto à subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com denúncia de apropriação indébita. No desespero, o bacharel teria recebido dinheiro de negociação e deixado de repassar a quem de direito.

PROVA DO INCRA VIRA CASO DE POLÍCIA EM MARABÁ

Foi uma verdadeira zorra a aplicação da prova do concurso do Incra neste domingo (13), em cerca de 30 cidades brasileiras. Até em Marabá houve tumulto e confusão.
Na escola Geraldo Veloso, no núcleo Cidade Nova, nenhum dos inscritos conseguiu fazer a prova e a zoeira foi geral.

A aplicação do exame, marcada para as nove da manhã, sofreu atraso, gerou grande tumulto e, no final, a prova foi suspensa.

Tudo aconteceu, segundo os próprios candidatos, por despreparo e falta de organização do Instituto Cepro, a entidade responsável pela aplicação das provas. O pessoal da equipe organizadora se atrasou mais de meia hora e no momento de distribuir as provas foi tudo feito sem nenhum critério. Também não havia identificação das salas e os fiscais não portavam crachá, como é de praxe.

Os candidatos que iam chegando ficavam desorientados sem saber que sala ocupar ou a quem pedir esclarecimentos.

Quando as provas chegaram, por volta das 9h40, o pessoal da organização entrou em uma das salas, retirou o lacre dos malotes e começou a distribuir o material para depois perceber que muitos dos candidatos estavam no local errado. Foi aí que começou o tumulto porque o restante dos inscritos começou a pressionar ao não compreender por que a prova estava sendo aplicada em uma sala e noutras não.

Os fiscais não tiveram outra alternativa a não ser recolher a prova. Daí em diante o que se viu foi o maior rebuliço, com candidatos se acotovelando nos corredores e exigindo explicação do pessoal do Cepro.

Por volta das 11 horas, os fiscais se retiraram da escola, levando os malotes com as provas.

Os candidatos procuraram o Ministério Público e formalizaram pedido de anulação do concurso. Também registraram queixa na delegacia da Polícia Federal.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

DESCASO COM O DMTU

Leitor do blog que pediu reservas do nome encaminhou por e-mail com o texto abaixo, o qual reproduzimos na íntegra:

"Fonte segura garante que o computador da sala onde fica o plantonista do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) está avariado há mais de dois meses. Quando o agente necessita checar uma placa tem de fazê-lo usando outro computador de uma sala ao lado.

Com isso o agente de trânsito que está na rua necessitando urgentemente de uma informação a respeito de determinado carro, se quiser tem de aguardar.
Ou, senão, o agente anota na caderneta, e quando chegar até o prédio do DMTU faz a checagem e se as características do carro conferir com as que ele anotou, então é feita a multa.
Entre os prejuízos, o agente fica impossibilitado de saber se aquela placa é, ou não clonada. E tudo isso porque um computador está quebrado. Pelo visto o conserto deve custar uma fortuna. É o povo governando. Bem feito!"

segunda-feira, 7 de junho de 2010

MAURINO AMEAÇADO

O prefeito Maurino Magalhães pode enfrentar na Justiça mais uma ação por descumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A ameaça desta vez vem do lixo. O prazo dado pelo Ministério Público Federal (MPF) para a Prefeitura encontrar uma solução para o problema do aterro sanitário expira esta semana e, segundo consta, a administração municipal não conseguiu nenhum avanço. Com isso, o prefeito pode ser obrigado a pagar multa diária até cumprir o que foi acordado.
Segundo o procurador da República, André Casagrande Raupp, o MPF vai pedir a execução das multas previstas no TAC, caso o prefeito não cumpra mais uma vez o prazo. Raupp disse ter consciência de que impedir a utilização do aterro sanitário pode criar um problema social de grandes proporções, entretanto, não descartou a possibilidade de pedir novamente a interdição do local. “Esses dias já fomos alertados para o perigo que o lixão representa às aeronaves”, disse o procurador, fazendo referência ao episódio recente em que um urubu entrou na turbina de um avião e, quase, provoca uma tragédia.

LIXO NO BALDE

Com uma população estimada em mais de 200 mil habitantes, a cidade de Marabá tem uma produção mensal de aproximadamente 3,4 mil toneladas de lixo. Foi o que revelou levantamento realizado recentemente pela empresa Sempre Vivos, contratada pela Fundação Vale para fazer um diagnóstico, com vistas à elaboração do chamado Plano de Coleta de Resíduos Domiciliares e Mobilização Social de Marabá.
O resultado final do levantamento, um calhamaço de 400 páginas divididas em dois volumes, foi apresentado ao município em 20 de abril deste ano e faz uma radiografia completa do serviço de coleta na cidade. Para os responsáveis pelo diagnóstico, a quantidade real de lixo produzido é muito maior do que aquela que foi apurada, uma vez que algumas empresas, entre elas alguns supermercados, fazem por conta própria o recolhimento e transporte de seus resíduos até o aterro. Como o levantamento levou em consideração apenas o lixo coletado pela prefeitura, esse lixo extra não entrou no cômputo dos números do balanço oficial.
A radiografia detectou vários problemas, entre eles o acondicionamento inadequado dos detritos pela população e a falta de regras para a coleta de resíduos perigosos, os quais são despejados por comerciantes nas ruas e coletados pelo serviço de limpeza urbana. É o caso do chamado lixo eletrônico, descartado pelas lojas de assistência técnica. Situação semelhante foi detectada com relação à coleta do lixo hospitalar.

domingo, 6 de junho de 2010

ÁGUIA VICE-CAMPEÃO

Apesar dos esforços, o Águia de Marabá não conseguiu alcançar o intento de conquistar o Campeonato Paraense. Ainda não foi desta vez. O clube perdeu para o Paysandu por 3 x 1, agora há pouco, no Baenão. Mas valeu a campanha. O Águia continua sendo o melhor time do interior do Pará. A equipe foi valente, corajosa e lutou até o final. Por isso, vai ter comemoração, sim, amanhã (07/06) à noite, após a chegada da equipe vice-campeã à cidade.

MEGA-SENA

Os números da Mega-sena, sorteados neste sábado (05/06), foram: 02 - 10 - 21 - 35 -43 - 54. Ninguém acertou as seis dezenas e o prêmio acumulado pode chegar a R$ 22 milhões. A quina teve 96 ganhadores.

URUBU NO NINHO

Biólogos da Vale, em Parauapebas, não cabem em si de tanto contentamento. Um casal de urubus-reis, espécie ameaçada de extinção, está chocando um ovo, no Parque Zoobotânico mantido pela mineradora em Carajás. O nascimento do filhote está previsto para o mês de julho e, até lá, a área onde o casal está vai permanecer isolada; tudo para garantir a tranquilidade da espécie, já que é rara a reprodução desse tipo de ave em cativeiro. Mesmo assim, os visitantes podem acompanhar à distância o dia a dia do casal chocando o ovo. O Parque Zoobotânico Vale tem um programa permanente de reprodução de espécies raras como a Arara Azul e a Ararajuba.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

WALDIR SILVA FORA DO GOVERNO

O jornalista Waldir Silva não está mais na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas. Consta que ele foi dispensado do cargo esta semana. Waldir foi jornalista atuante em Marabá, na década de 1990, quando trabalhou nos jornais Correio do Tocantins e Opinião. Formado em Letras pela Universidade Federal do Pará, ele foi o fundador do jornal Vanguarda que circulou por curto período de tempo em Marabá. Com a eleição de Darci Lermen ele foi convidado para atuar na Ascom, onde vinha trabalhando até esta semana.

CONFUSÃO NO KM-6

O Terminal Agrorrodoviário Miguel Pernambuco, em Marabá, registrou uma confusão tamanho família na manhã desta sexta-feira (04/06). Condutores de duas cooperativas concorrentes se engalfinharam por conta de disputa acirrada pela exploração do trecho entre Marabá e Jacundá. Tamanha foi a perlenga que os integrantes de uma cooperativa, a Trans Jac, atravessaram seus micro-ônibus nas duas vias que dão acesso ao terminal do Km-6 para que seus desafetos não saíssem dos pontos. A polícia teve que ser chamada para conter os ânimos e liberar o tráfego. A situação agora está a cargo da Arcom, a agência reguladora do serviço.

MIL ACESSOS

ORA VIVAS! Nosso blog alcançou a marca de MIL acessos em 23 dias. O relógio de contagem foi instalado em 12 de maio de 2010. Esta semana, dia 1º de junho, alcançamos nosso recorde de visitas - quase 300 acessadas.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

JOGADOR WANDO FORA DO ÁGUIA

O atacante Wando, do Águia de Marabá, pode estar com os dias contados no clube. Ele recebeu proposta para ir jogar no Santo André (SP) e a partida de domingo, no Mangueirão, pode ser a última dele, defendendo as cores do Azulão do Norte. Saiba mais aqui.

JOGO PAYSANDU X ÁGUIA

Para quem pretende ir ao Mangueirão assistir à final do Campeonato Paraense entre Paysandu e Águia de Marabá, abaixo valor dos ingressos e locais de vendas.

Valor dos Ingressos:

Cadeiras: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 ( meia)
Arquibancadas: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia)

Locais de vendas:

Em virtude do feriado de Corpus Christi nesta quinta-feira (03/06), os ingressos começam a ser vendidos a partir de sexta-feira, nos seguintes locais e horários:

Estádio da Curuzu: Sexta-feira e sábado em horário normal e domingo até às 12 horas.
Sede do Paysandu: Sexta e sábado em horário normal e domingo até às 11 horas.

MORRE PAI DE MILTON NASCIMENTO

Morreu hoje (03/06) o pai do cantor e compositor Milton Nascimento, Josino de Brito Campos, 93. Ele estava internado havia dez dias na UTI da Santa Casa de Misericórdia em Três Pontas, no sul de Minas Gerais.

ASSASSINATO

Mais uma vítima entra para a infame estatística de mortes violentas em Marabá. A cidade acaba de registrar mais um assassinato. Foi agora há pouco, por volta de 21h30, na Rua Isaac Araújo, bairro Novo Horizonte, precisamente numa casa de venda de bebidas conhecida por todos apenas como "Bar da Luíza". Conforme foi possível apurar no local, a vítima chamava-se Fernando Ubirantan, tinha idade entre 19 e 20 anos e morava nas proximidades, numa rua paralela àquela onde tombou alvejado a tiros.
De acordo com informações de parentes, ele dava muito trabalho à mãe - vivia aprontando. Em casa era só ele, a mãe e um irmãozinho de pouco mais de quatro anos. A mãe entrou em desespero quando soube do assassinato e não teve coragem nem de ir ver o filho.
Segundo o depoimento da dona do bar à polícia, o rapaz chegou ao estabelecimento, pediu uma dose de pinga e quando ela virou-se para apanhar a bebida já foi surpreendida com os estampidos. Tamanho foi o choque que não conseguiu ver quem fizera os disparos.
A vítima foi alvejada com um tiro na cabeça, por trás, e outro na perna esquerda. Ainda permaneceu respirando por alguns minutos, mas quando a viatura do Samu chegou ao local já não estava mais com vida.
O corpo ainda permanece no alpendre do bar, onde caiu, aguardando a remoção por parte do IML.

SOBRE BESTAS FERAS

Ótimo texto de Aldenor Jr. sobre o Caso Ana Karina, publicado em sua Página Crítica, compele inevitavelmente à reflexão. Vale a pena conferir.

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