Foto: Tuerê



NOTAS SOBRE:


"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

FEIRINHA ESTÁ CAINDO AOS PEDAÇOS


O descaso e indiferença da administração municipal, em Marabá, estão destruindo silenciosamente o que era pra ser a feira coberta do núcleo Pioneiro. Abandonado de qualquer cuidado há muito tempo, o prédio está literalmente caindo aos pedaços, sem que nenhuma providência seja tomada pelo poder público.
O espaço bem que poderia estar sendo útil, mas foi esquecido pelo governo e relegado à ação implacável do tempo e do vandalismo, que acabaram o transformando em verdadeira tapera.
Na manhã da última quarta-feira (19/01), este poster esteve no local e constatou a situação deplorável em que a chamada Feirinha se encontra. O telhado foi quase que totalmente depenado, sendo possível contar nos dedos as poucas telhas que ainda restam. No interior do prédio, algumas paredes já caíram e na parte de fora o mato cresce viçoso por todos os lados.
O blog conseguiu apurar que a cobertura do prédio não foi retirada pela ação de um vendaval, mas por pessoas que, se aproveitando do abandono, estão retirando as telhas para vender ou utilizar em casa.
Além do telhado, tudo de valor que era possível ser retirado foi levado, nos dois pavilhões da feira coberta, como é o caso da fiação elétrica que há muito tempo não existe mais.
Nas dependências da Feirinha vivem três famílias em situação totalmente insalubre. Além de ratos, cobras e insetos elas vivem às voltas com marginais e viciados que procuram o local no período da noite para se drogar e se prostituir. A poucos metros de distância, quem se aproxima do prédio é saudado com o mau cheiro que vem do seu interior. É que a construção abandonada virou uma espécie de privada de uso coletivo.
A chamada Feirinha foi criada para ser um mercado público há mais de 10 anos, mas nunca serviu direito ao fim a que se destinava. A maioria dos comerciantes não acatou a ideia de se estabelecer no local, que foi aos poucos perdendo sua finalidade. Nos últimos anos, o espaço virou abrigo para flagelados da enchente, com capacidade para receber até 220 famílias. Mas, depois da cheia de 2009, a Defesa Civil decidiu não mais remanejar os desabrigados para a Feirinha, com o argumento de que o prédio encontra-se numa área baixa que pode plenamente ser inundada, caso o nível das águas ultrapasse os 13 metros.
Já que não serve como mercado municipal, o espaço deveria ser utilizado pelo poder público numa outra finalidade, sobretudo, porque, recentemente, o secretário de Obras Lucídio Colinetti disse que a administração municipal não constrói novas escolas porque o Executivo não possui área disponível; daí optar-se pela ampliação das já existentes.

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