Foto: Tuerê



NOTAS SOBRE:


"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

RODOVIA É INTERDITADA POR VÁRIAS HORAS

A manifestação dos sem-terra na Transamazônica, nesta quarta-feira (15/06), ocorreu em protesto à morte de uma mulher, atropelada por volta das 23 horas de terça-feira, quando atravessava a rodovia. Segundo os próprios manifestantes, ela seria de uma localidade no município de Canaã dos Carajás e fazia parte do grupo de sem-terra que está acampado na Agrópolis já faz alguns dias.
Logo após o atropelamento, as pistas foram bloqueadas. Quando o dia amanheceu já era grande o congestionamento em ambos os lados da ponte do rio Itacaiunas.
Os manifestantes arrancaram alguns out-doors à beira da pista e com eles fizeram barricadas. Também atearam fogo em pneus sobre o asfalto e armados com pedaços de pau, facão e foice conseguiram praticamente dividir Marabá ao meio, isolando o Complexo Cidade Nova dos demais núcleos da cidade.
Com os pedaços de pau, alguns dos manifestantes batiam na lataria dos out-doors, enquanto proferiam frases de protesto. Do outro lado, condutores e passageiros assistiam a tudo impotentes, sem saber ao certo quando tudo aquilo iria terminar.
Quando alguém ousava furar o bloqueio era fácil perceber, mesmo de longe, pela algazarra da multidão e o movimento dos sem-terra para acuar e fazer recuar o “intruso”.
Sem alternativas para chegar a seu destino de moto ou de carro alguns decidiram atravessar a ponte a pé. Foi o que fez uma vendedora que toca uma banca de verduras na Folha 12. Ela varou o bloqueio caminhando, com a mercadoria nas costas.
“Eles deviam não fazer isso. A gente não tem culpa de nada”, resmungou a mulher, que se identificou apenas como Teresa, enquanto caminhava apressada.
Quando a situação já era de caos, algumas viaturas da Polícia Militar compareceram ao local, mas os policiais limitaram-se a ficar apenas observando. “Aqui, não há muito o que fazer”, comentou um soldado. “Esse problema é da Polícia Rodoviária Federal. A gente está aqui apenas para dar apoio”, acrescentou o Major Marçal, um dos militares que passaram pelo local da manifestação.
Por volta das 7h30, três agentes da PRF se dirigiram ao cordão de isolamento e um deles tentou conversar com os sem-terra. Perguntou-lhes, por exemplo, o que é que eles estavam reivindicando e quando é que iriam desobstruir a pista. Alguns chegaram a dizer que só sairiam com a presença do ministro da Reforma Agrária. O tráfego, entretanto, foi liberado por volta do meio-dia.






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