Foto: Tuerê



NOTAS SOBRE:


"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

FIGURAS DE LINGUAGEM SAINDO PELO LADRÃO

Sou excessivamente amarrado em textos ricos em figuras de linguagem. Eis que encontrei esta pérola, de autor desconhecido, que compartilho com os leitores do blog:


Senhora resposta para a pergunta: Alguém sabe me explicar o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?

Resposta:
Quando comecei, pensava que escrever
sobre comida seria sopa no mel, mamão
com açúcar. Só que depois de um certo
tempo dá crepe, você percebe que comeu
gato por lebre e acaba ficando com uma
batata quente nas mãos.
Como rapadura é doce, mas não é mole,
nem sempre você tem ideias e pra descascar
esse abacaxi só metendo a mão na massa.

E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente,
mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que
se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o
mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-
maria, porque é de grão em grão que a galinha
enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não
azedar, passar do ponto, encher linguiça
demais. Além disso, deve-se ter consciência
de que é necessário comer o pão que o
diabo amassou para vender o seu peixe.
Afinal não se faz uma boa omelete sem antes
quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar
doce da boca de criança e vai com muita
sede ao pote. Mas como o apressado come
cru, essa gente acaba falando muita abobrinha,
são escritores de meia tigela, trocam alhos por
bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão
com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa,
com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem
em devaneios (piram na batatinha, viajam na
maionese... etc).
Achando que a beleza não põe mesa, pisam
no tomate, enfim o pé na jaca, e no fim quem
paga o pato é o leitor que sai com cara de
quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que
se come, pois quem lê não é tudo farinha do
mesmo saco. Diversificar é a melhor receita
para engrossar o caldo e oferecer um texto
de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores
que a barriga o negócio desanda e vira um
verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta
chorar sobre o leite derramado porque
ninguém vai colocar uma azeitona na sua
empadinha, não.

O pepino é só seu, e o máximo que você vai
ganhar é uma banana.
Afinal pimenta nos olhosdos outros é refresco.

A carne é fraca eu sei.
Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar
batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e
depois quando se junta a fome com a vontade
de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal,
o importante é não desistir mesmo quando
o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha,
que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha
e fica de se comer rezando.
Daí, com água na boca, é só saborear, porque o
que não mata engorda.
Está respondido??? 

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