A informação de que o prefeito Maurino Magalhães pretende transferir os camelôs da Avenida Getúlio Vargas, na Marabá Pioneira, para a Praça Duque de Caxias, naquele mesmo núcleo, causou o maior alvoroço entre os vereadores na sessão da última terça-feira (03/11).
A notícia chegou oficialmente ao conhecimento dos parlamentares durante as explicações do secretário de Planejamento Glênio Benvindo de Oliveira, sobre as 21 emendas que existem com liberação de recursos pendentes para o município.
No quadro demonstrativo, a emenda de número 11, de autoria do deputado Asdrúbal Bentes (PMDB), estava destinada, inicialmente, à criação de um espaço coberto para os feirantes da Folha 28, mas teve sua destinação alterada, passando a beneficiar os camelôs da Getúlio Vargas, com a criação de espaço para eles na Praça Duque de Caxias.
A simples ideia de transformar aquele patrimônio histórico da cidade em local de vendilhões deixou alvoroçada a Casa de Leis. Unanimemente, todos os vereadores rechaçaram a proposta.
“Eu não concordo em hipótese alguma que isso venha a ocorrer”, protestou o vereador Nagib Mutran, acompanhado em uníssono pelos demais vereadores que disseram: “Ninguém aceita”.
“Eu não concordo e, inclusive estou colhendo assinaturas para que a Praça Duque de Caxias volte à sua arquitetura original. Que saia até aquele mondrongo que tem ali na frente”, acrescentou Nagib. O mondrogo a que ele se refere é a estrutura no centro da praça, feita na gestão do prefeito Geraldo Veloso para acomodar os bares.
Após as manifestações de insatisfação de cada um dos vereadores, o titular da Seplan tentou amenizar os ânimos, informando que aquele ainda era “um projeto em discussão”.
Nesta quarta-feira (04/11), a líder do governo na Câmara, vereadora Irismar Sampaio, fez questão de colocar um balde de água fria sobre a discussão. Disse que houve um equívoco da parte do secretário Glênio Benvindo, uma vez que o camelódromo será construído na Avenida Getúlio Vargas e não na praça, como havia sido informado.
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