Foto: Tuerê



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"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



terça-feira, 16 de novembro de 2010

MARABÁ VAI CRESCER MENOS ESTE ANO

A obra de duplicação da Rodovia Transamazônica, em Marabá, está provocando um efeito negativo na economia do município. Quem observa é o presidente do Sindicom (Sindicato do Comércio de Marabá), economista Paulo César de Carvalho Lopes, o Paulinho, para quem o empreendimento está afetando o movimento no principal centro comercial da cidade – a Marabá Pioneira.

Na opinião dele, as dificuldades no trânsito, impostas pela obra, retraiu as vendas no núcleo Pioneiro e isso, inevitavelmente, vai refletir no balanço final do crescimento.
“Pra você sair da Cidade Nova e vir à Velha Marabá fazer uma compra, hoje, você passa duas horas. Com isso, a pessoa pensa duas vezes e acaba evitando vir ao centro comercial”, comenta o economista.
Na opinião do presidente do Sindicom, Marabá vai crescer este ano entre 7% e 10%. Mas ele faz questão de salientar que isso não se deve apenas ao problema no trânsito. “O que mais afeta nossa economia hoje é a situação do Distrito Industrial que está praticamente fechado. Em 2008, com as guseiras funcionando, crescemos quase 19%. Àquelas alturas, tínhamos um faturamento em torno de um bilhão de reais, só em termos de siderúrgicas. Esse dinheiro corria em Marabá. Hoje, a situação é totalmente adversa – estamos com oito siderúrgicas fechadas e já perdemos cinco mil postos de trabalho”, salienta Paulinho, observando que as demissões começaram em 2008, mas, em 2009, os trabalhadores ainda estavam recebendo o Seguro Desemprego, o que minimizou o impacto da crise.
Outro fator que prejudicou o comércio marabaense em 2010, segundo o presidente do Sindicom, foi a greve dos bancários que, este ano, teve um agravante – coincidiu com o Dia da Criança.
“O dia 12 de outubro no nosso plano estratégico é o quarto melhor dia de vendas ao longo dos doze meses, mas, infelizmente, este ano, no Dia da Criança, os bancos estavam em greve. Então isso atrapalhou”, comentou Paulinho, acrescentando que reconhece a legitimidade da greve, mas conta com a sensibilidade do Sindicato dos Bancários, no sentido de alterar a data da paralisação nos próximos anos, para que o comércio não sofra tanto. “Porque os bancos, você sabe, não perdem nada. Quem sofre mesmo é a população, o empresário. Os bancos continuam faturando bilhões a cada ano, mas nós é que pagamos o pato”.

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