Foto: Tuerê



NOTAS SOBRE:


"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus" - Ellen G. White.



terça-feira, 16 de novembro de 2010

DESPERDÍCIO EXAGERADO

Não é sem razão que alguns defendem a privatização da Cosanpa. A empresa representa um enorme passivo para os cofres públicos e, não obstante, não consegue oferecer um serviço de qualidade.

Boa parte dos números negativos no balanço da Companhia de Saneamento certamente desapareceria se não fosse o grave problema do desperdício, que ocorre de várias maneiras – através das ligações clandestinas; no uso doméstico desregrado, naquelas casas sem hidrômetro; e em casos como esse da Rua Itacaiunas, onde há uma grande quantidade de água sendo jogada fora sem que nada seja feito.
Até março deste ano, o volume de perdas da Cosanpa em Marabá era de 70%. Isso significa dizer que de cada 100 litros de água captados, tratados e distribuídos pela empresa, pelo menos 70 não dão o menor retorno, ou seja, ela não recebe um centavo por eles.
O líquido que vai pelo ralo custa caro à conta do Estado. Além do custo com a captação, feita através de bombas movidas à energia elétrica, o governo gasta elevadas somas com o tratamento da água, feito com cloro, flúor e outros produtos.
Com o desperdício, o que deveria estar protegendo a saúde está, muitas vezes, indo parar na tubulação do esgoto.
Marabá é uma das cidades com as maiores taxas de desperdício, no Estado. Segundo a Cosanpa, a média de consumo na cidade está muito acima da média de outros municípios com caracterísitcas semelhantes; e acima até mesmo da média nacional. Enquanto no Brasil a média de consumo per capta é de 150 litros, em Marabá, o índice é de 192 litros/dia por habitante.
Considerando que, segundo estudos, um reservatório de mil litros é suficiente para suprir as necessidades de uma família com até 5 pessoas durante um dia todo, fica a suspeita de que, em Marabá, o vilão do elevado consumo seja mesmo o desperdício.
Em 2006, a Cosanpa realizou um levantamento que constatou, por exemplo, que o marabaense joga fora todos os dias, por mero desperdício, mais de 200 litros de água.
De acordo com o estudo, a média de consumo àquela época era de 465 litros/dia, quando 200 litros de água, ainda segundo o levantamento, seria quantidade plenamente suficiente para atender as demandas de um dia todo em uma família de tamanho normal.
O estudo foi realizado levando em conta a produção de água nas duas estações de tratamento existentes na cidade – na Nova Marabá e na Marabá Pioneira –, em relação ao número de moradores abastecidos oficialmente pela companhia.

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