Foto: Tuerê



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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MORADORES DA 33 AMEAÇAM FECHAR BR NOVAMENTE

Moradores da Folha 33, na Nova Marabá, estão mais uma vez em pé de guerra com a administração municipal. Revoltados com a falta de solução para o acesso deles à Folha 32, comprometido por conta da obra de duplicação da Transamazônica, eles ameaçam radicalizar e repetir mais uma vez o que aconteceu no final de setembro, quando um grupo de manifestantes ocupou e interditou a rodovia por várias horas.
Os moradores reivindicam a construção de um viaduto na entrada principal da Folha, em frente ao terminal rodoviário da 32, alegando que, sem este acesso, eles terão que andar cerca de três quilômetros para cruzar a pista e pegar um ônibus de passageiros do outro lado.
Na tarde de ontem (21), uma comissão com lideranças do bairro esteve reunida por cerca de duas horas com representantes da prefeitura no prédio do Ministério Público Estadual (MPE) para tentar um acordo. O encontro foi mediado pela promotora Josélia Leontina de Barros Lopes, da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente, e contou com a presença das vereadoras Júlia Rosa (PDT) e Antônia Albuquerque, a Toinha (PT).
Representando a prefeitura, os secretário Lucídio Collinetti Filho, da Sevop (Secretaria de Viação e Obras Públicas), e Regivaldo Carvalho, da Secretaria de Urbanismo, além do chefe do Departamento de Fiscalização do Código de Posturas, Lucivaldo Mendes.
Durante a reunião, os moradores enfatizaram que estão sendo prejudicados sem o acesso à rodoviária, mas o titular da Sevop, Lucídio Collinetti, também foi enfático em afirmar que, segundo ele, não há como mexer no projeto, construindo um novo viaduto.
Diante do impasse, a vereadora Júlia Rosa sugeriu que o dano fosse compensado com obras no bairro, incluindo a pavimentação das ruas e a construção de escolas. Tanto a promotora como Collinetti acharam a proposta interessante, mas os moradores, fazendo coro com a vereadora Toinha, deram pinote, com o entendimento de que a administração municipal jamais vai cumprir o que prometer. “De promessas nós já estamos cansados”, disse alguém dentre os moradores. “Me desculpem, mas não vou assinar nenhum acordo. Pra quê, se a prefeitura está falida?”, emendou a vereadora Toinha, observando que hoje as promessas do prefeito são motivo de piada.
No mesmo tom, o morador José Roberto do Nascimento lembrou que numa das reuniões do prefeito Maurino Magalhães com representantes da Folha 33, ele acenou favoravelmente ao atendimento das reivindicações, dizendo que iria determinar à Sevop que elaborasse um novo projeto, o que nunca aconteceu.
Durante a reunião no MPE, enquanto prevalecia o impasse sobre a proposta de trocar a construção de mais um viaduto por obras na 33, Lucídio chegou a apontar algumas das vias que seriam priorizadas e consentiu na construção de pelo menos uma escola no bairro. Neste ponto, a vereadora Toinha lembrou que se fosse pra pavimentar apenas algumas ruas, os moradores das vias não contempladas jamais iriam aceitar um acordo desse. E acrescentou que o problema estava acontecendo por que não se discutiu com a comunidade antes de implantar o projeto.
Integrando a comissão de moradores, o deficiente visual Nacélio Souza, também protestou contra a ideia. “Doutora, de que adianta ter uma casa linda e na frente dela ter um buraco?”, indagou, se dirigindo à promotora.
O rapaz falou sobre como a vida dele foi afetada com a retirada do acesso na 33 e lembrou também que o projeto foi pensado sem levar em conta os que andam a pé ou de bicicleta, já que não existem passarelas tampouco ciclovias entre a Nova Marabá e a Marabá Pioneira.
Como não houve avanço no acordo entre a PMM e os moradores da Folha 33, a promotora Josélia marcou nova rodada de negociações para a próxima quarta-feira (23), às duas horas da tarde; desta vez com a presença de representante do DNIT que não participou desta última reunião.

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